sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Corpo Invisível






Mário Cesariny







 

A esta hora entre blocos de prédios enevoados
                    a bela mancha diurna dos calceteiros na praça
e os dois amantes que hoje não dormiram vão partir nos
                    braços da sua estrela
à beira do caminho ladeado de sebes de espinheiro
uma carta
uma letra muito fina                 extremamente caligráfica
onde a aventura do homem que devolve as palavras que
                   lhe são remetidas
deixou a sua marca
e o duque da terceira levanta o braço
(...)

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