sexta-feira, 2 de maio de 2008

Três Lágrimas Paralelas






Artur Portela




Havia, naquele rosto, três lágrimas paralelas. Suspensas, salientes e simétricas como jóias. E vivas. Como se ela não tivesse acabado de saltar vinte galáxias. Três lágrimas paralelas como três sonhos simultâneos. Absurdamente líquidas, no esquife congelador do transporte.

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