Ferreira de Castro
Na tarde morna, declinando entre as bravias montanhas, ali, na terra ignorada do mundo, na terra sem história, que principiava na Galiza e vinha terminar, alheia a fronteiras e ediomas, dentro de Portugal, a vida do povo obscuro tinha as mesmas expressões fundamentais, o mesmo instinto de perpetuidade, a mesma ânsia de alegria e o mesmo céu comum a toda a espécie, como se os lugarejos que os lobos, de noite, espreitavam, se encontrassem situados no centro do planeta.
Leonardo subiu, de novo, para a sala e foi debruçar-se na janela, ao lado de Artur Lopes:
- Estive a pensar no tesouro e, assim como assim, sempre me arrisco. Vamos ver o que aquilo dá. Mas não digas nada a ninguém. Por enquanto, até cá a minha patroa escusa de saber...
Na tarde morna, declinando entre as bravias montanhas, ali, na terra ignorada do mundo, na terra sem história, que principiava na Galiza e vinha terminar, alheia a fronteiras e ediomas, dentro de Portugal, a vida do povo obscuro tinha as mesmas expressões fundamentais, o mesmo instinto de perpetuidade, a mesma ânsia de alegria e o mesmo céu comum a toda a espécie, como se os lugarejos que os lobos, de noite, espreitavam, se encontrassem situados no centro do planeta.
Leonardo subiu, de novo, para a sala e foi debruçar-se na janela, ao lado de Artur Lopes:
- Estive a pensar no tesouro e, assim como assim, sempre me arrisco. Vamos ver o que aquilo dá. Mas não digas nada a ninguém. Por enquanto, até cá a minha patroa escusa de saber...
Sem comentários:
Enviar um comentário