Romeu Correia
Era um nadador. nadara toda a tarde e toda a noite e dera à praia de madrugada. Estava morto. Mas parecia ainda a nadar: fora interrompido pela morte quando nadava. O corpo enregelado mantinha ainda na perfeição absoluta, o momemto supremo do braço com a mão em concha, indo além da cabeça, para puxar a água ao longo de si.
Dera à praia naquela madrugada como se fora esculpida em pedra a estátua do Nadador.
* este post é dedicado ao prof. Manuel Catarino que fez nascer em mim o gosto pela escrita.
Este texto é de Romeu Correia?
ResponderEliminarRetirado da segunda edição (Edição do autor).publicado já depois de 25 de Abril de 1974.A primeira edição deste livro de contos é de 1947.
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