domingo, 30 de dezembro de 2007

Maria Moisés


Camilo Castelo Branco



(...)Nas férias da Páscoa, António de Queirós viu chorar Josefa. Não eram lágrimas de amante magoada, nem de filha malquista de seus pais: eram lágrimas de mãe. Entrara-se de uma terrível vergonha e confusão. Ninguém a suspeitava; e ela, se alguém a encarava a fito, estremecia. A mãe era cruel como as mulheres manchadas. No seu serviço não entrava jornaleira de má nota. Não se ajoelhava na igreja à beira de criatura de ruim vida. Dava-lhe esse direito haver sido filha humilde e esposa honrada do homem com quem a casaram,(...)

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