domingo, 31 de agosto de 2008

Três Lágrimas Paralelas




Artur Portela



A luz do elevador acendeu-se e ele percebeu que tinham começado a entrar na zona das Caves. Antes das Caves, bastava a luminosidade que atravessava as paredes do elevador. O casal jovem que estava sentado ao fundo calou-se. O velho riu. A luz envolvia-os a todos, amarela e pobre. Era só uma lâmpada, coberta por uma quantidade enorme de protecções e remendos de protecções. Ao princípio, despedaçavam as lâmpadas. Agora,de vez em quando, já destruíam o mecanismo dos elevadores.

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