quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A Mãe



Máximo Gorky






Na atmosfera fumarenta e triste daquele bairro operário, todos os dias a sereia da fábrica atirava para os ares o seu grito estridente. Criaturas secas, de músculos ainda fatigados, saíam ràpidamente das pequenas casas escuras, correndo como baratas assustadas. Numa luz penumbrosa, caminhavam pela rua esguia em direcção aos muros altos da fábrica que os aguardava, onde inúmeros olhos quadrados e amarelos iluminavam a calçada lamacenta. Algumas vozes alvoroçadas ressoavam em roucas exclamações. Pragas de renúncia cortavam o ar e (...)

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