terça-feira, 29 de abril de 2008

Histórias Castelhanas




Domingos Monteiro



Desde Medina del Campo que vínhamos sòzinhos na carruagem, mas só naquele momento reparei que ele trazia nas mãos um pequeno crucifixo que apertava entre os dedos e que, de longe a longe, lavava aos lábios num gesto quase automático, como quem respira o perfume de uma flor ou leva ao nariz, por longo hábito contraído, uma pitada de rapé.

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