domingo, 2 de dezembro de 2007

A Brusca



Agustina Bessa Luis




(...)
Alguém proferiu palavras que a tranquilizaram; estava agora mais humilde e enxugava as gorgas lágrimas, suspirando com estremeções patéticos. Aconselharam-na a beber água fria, ela disse que a água, de manhã, lhe fazia mal, e pôs-se a contar a contar as suas doenças ou as que conhecia nas suas vizinhas, com uma espécie de deleite macabro e recusando-se a acreditar em remédios, em médicos e em curas.

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