quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Boa Noite Senhor Soares





Mário Cláudio



Naquela manhã, quando cheguei ao armazém de tecidos, os rapazes tinham acabado de matar uma ratazana do tamanho de um coelho pequeno. Sem sequer saber ainda quem eu era vieram mostra-ma, explicando que semalhante bicharada aparecia frequentemente nos prédios da Rua dos Douradores, construídos pelo Marquês de Pombal. Foi nesse momento que avançou o patrão Vasques, um sujeito muito bem posto, de bigode aparado a preceito, e de camisa de colarinho engomado. "Pronto, agora toca a trabalhar!" (...)

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