Miguel Torga
(...)
- E tenho aí um filho que não lhe há-de ficar atrás...
O espinho. Entusiasmada com aquela virilidade, a velha lembrara-se de lhe aproveitar a casta. Andava a criar um cachopo da penúltima nunhada. E não é que o fedelho crescia e prometia?! Raios partissem a sorte! Quando tudo lhe corria às mil maravilhas -fartura, saúde e paz de espírito- aquilo! Claro: passou a empreender no caso, a afligir-se. Cumpria as obrigações, cantava, dava o seu dedo de conversa, mas às duas por três lá vinha a modificação. Por mais que tentasse disfarçar, não havia maneira.
- O galo velho tem coisa...
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