sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gabriela, Cravo e Canela







Jorge Amado





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Dona Arminda, espírita, língua viperina, mãe de Chico Moleza, rapazola empregado no bar de Nacib, era parteira afamada: inúmeros ilheenses, nos últimos vinte anos, tinham nascido em suas mãos, e as primeiras sensações do mundo a sentirem foram seu activo ccheiro de alho e sua face avermelhada de sarará.
- E dona Clorinda, já teve menino? O dr. Raul não apareceu no bar ontem...
- Já, omtem à tarde. Mas chamaram o médico, esse tal de dr. Demósthenes. Essas novidades d'agora. O senhor não acha uma indecência médico pegar criança? Ver mulher dos outros toda nua? Sem-vergonhice...
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